Trabalho 2 - Encaminhamento dinâmico
Notas prévias
- Leitura obrigatória: capítulos 5, 6 e 8 do livro
Routing TCP/IP, vol. 1, 2nd ed..
- Sumário de comandos relativos ao encaminhamento dinâmico com RIP e OSPF
disponível aqui.
- Neste trabalho vamos utilizar o emulador de rede GNS3.
Objectivo
No emulador de rede GNS3 dentro da
VM
a correr no
sistema de virtualização
deve configurar a rede da seguinte figura segundo as indicações dadas
abaixo:

- Faça download do
ficheiro com o
projecto
, guarde-o no directório
~ar/GNS3/projects/trab2
, e depois abra-o no GNS3.
- Os terminais usam como default gateway o router da rede à qual
estão ligados.
- Em OSPF, cada router Rx deve usar como ID o
IP 0.0.0.x.
- O router R3 corre RIP em duas interfaces e OSPF numa outra.
Este router deve redistribuir no OSPF as rotas aprendidas pelo RIP e
vice-versa. As rotas importadas do RIP devem ter uma métrica 100 no
OSPF; as importadas do OSPF devem ter uma métrica 5 no RIP.
- As sub-redes 192.168.1.x e 172.20.1.x devem ser sumarizadas nas
redes classful que as contêm para efeitos de redistribuição
(e apenas para este fim).
- Todos os routers RIP devem correr a versão 2 do protocolo.
- Tanto nos routers RIP como nos OSPF, não devem ser enviadas
mensagens de encaminhamento nas interfaces às quais não está ligado
nenhum outro router (incluindo a interface 172.16.1.1 de
R7).
- No OSPF, as métricas devem ser calculadas automaticamente, e deve
mudar a largura de banda de referência de modo a que seja atribuído
o custo 10 a cada ligação FastEthernet.
Notas
- Os routers utilizados na simulação são modulares, da série 7200.
A ligação entre R6 e R8 é feita através de portas série síncronas;
todas as outras ligações são FastEthernet.
- Se deixar o ponteiro do rato parado em cima de uma ligação, aparece
um balão de informação indicando os routers que interliga, bem
como as respectivas portas. Pode, assim, identificar que interfaces
correspondem a cada ligação.
- Para tornar a emulação mais leve, os terminais 1 e 2 são emulados (VPCS).
Para configurar o endereço IP, máscara de rede e default
gateway, usar o comando
ip ipaddr/preflen
gateway
(e.g., ip 192.168.1.123/25 192.168.1.1
).
Depois guarde a configuração com o comando save
.
Questões/Traces/Análise
- Faça um
traceroute
(comando trace
no VPCS) do
terminal 1 para o terminal 2.
Corte a ligação entre R6 e R7 (apenas para esta pergunta)
de modo a que o percurso dos pacotes seja desviado para atravessar R8
e R9 e repita o traceroute
.
(2×outRes)
- Em R6, corra o comando
show ip ospf database
.
(outRes)
- Com base no resultado da alínea anterior e no conhecimento que tem
do OSPF, justifique a impossibilidade de fazer a alteração pedida.
(texRes)
Reponha a ligação entre R6 (F1/1) e R7 (F1/0).
- Pare o router R7 e espere uns minutos. Depois vá ao
router R8 e active o debugging de adjacências usando
o comando
debug ip ospf adj
. Inicie uma captura de pacotes
na ligação entre R6 e R8 e pare o router R9 por uns minutos.
- Diga o que aconteceu em R8 ao estado do vizinho R9 e qual foi o
evento que ocorreu nesse instante e desencadeou essa mudança
(texRes)
- Explique detalhadamente cada um dos LSA enviados por R8 a R6.
(capRes + texRes)
NOTA: Pode parar agora a captura.
- Comece agora uma captura na ligação entre R8 e R9.
Inicie R9 e capture a mensagem
que permite a este router saber que tem comunicação
bidireccional (two-way) com R8. Justifique a escolha
dessa mensagem (capRes + texRes).
- Continue a captura da alínea anterior até o encaminhamento OSPF
estabilizar. Analise todos os anúncios (LSA) contidos em todas
as mensagens LS Update trocadas entre R8 e R9.
Que tipos de anúncio encontrou? Para que serve cada um desses
tipos? (texRes)
- Para cada um dos tipos identificados na alínea anterior, diga o
que contêm (significado) os campos Link State ID
e Advertising Router e identifique e diga o que
contêm (significado) outros campos importantes (para a construção
do grafo da rede) desse tipo específico, exemplificando com LSA
concretos. (texRes)
- Procure o último anúncio do tipo Router LSA
originado pelo router R8. Para cada uma das ligações
identificadas nesse anúncio, indique o respectivo tipo, bem como os
valores dos campos ID e Data e o
seu significado. (texRes)
- Volte a iniciar R7 e aguarde até o encaminhamento estabilizar.
Que notificações (LSA) foram enviadas por R8 a R9? Indique a
finalidade de cada uma dessas notificações. (texRes)
- Corra o comando
show ip ospf interface <itf>
na
interfaces de R3, R4, R5 e R6 ligadas à sub-rede 192.168.100.0.
- Para cada um dos routers indicados, diga quantas adjacências
tem e relacione esse número com o papel desempenhado pelo
router na rede de acesso múltiplo. (texRes)
- Para que serve o Designated Router no OSPF? (texRes)
- Usando o comando
show ip ospf database
em R6, descubra
os Network Link States existentes nas áreas 1 e 2.
Relacione esses Network Link States com as ligações a
que correspondem, o respectivo tipo, e se nesse tipo de ligação
existe ou não um Designated Router.
(texRes)
- Em R6, corra o comando
show ip ospf database router 0.0.0.6
.
- Identifique as ligações que R6 anuncia em cada uma das áreas.
(texRes)
- Compare as ligações que R6 anuncia nas áreas 1 e 2 e relacione-as
com o tipo da ligação que R6 tem em cada uma dessas áreas.
(texRes)
- Inicie capturas nas interfaces 172.20.1.2 e 172.20.1.5 de R7.
- Faça um
ping
do terminal 2 para a interface 172.17.0.1
de R9. Diga qual é o caminho seguido pelos pacotes ICMP
echo request e echo reply e explique porquê.
(2×capRes + texRes).
- Tente alterar em R9 o custo da interface 172.20.1.6 de modo a que
o percurso do echo reply seja o inverso do do echo
request. Se conseguiu, diga como; se não conseguiu, explique
porquê (texRes).
NOTA: Para perceber melhor a diferença entre o que se passa
nesta pergunta e na pergunta 1, pode experimentar também cortar a
ligação entre R9 e R7 (não se esqueça de a repor depois).
- Capture algumas mensagens RIP trocadas entre R1 e R2 (capRes).
Para que endereço IP são enviadas? Explique a vantagem de usar esse
endereço em vez do endereço de broadcast (texRes).
- Active o debugging do protocolo RIP em R2. Capture as mensagens
na respectiva consola durante o tempo suficiente para ele enviar
updates nas interfaces F1/1 e F2/0. (outRes)
- Que diferenças encontra entre as mensagens enviadas numa e noutra
interface? (texRes)
- Como se chama e para que serve o mecanismo observado na alínea
anterior? (texRes)
- Pare todos os routers e arranque de novo apenas os
routers R1, R2 e R3. Desactive o split-horizon em
todas as interfaces RIP activas desses routers.
Desactive a importação de rotas para o RIP em R3.
(confRes)
- Active o debugging do protocolo RIP em R2. Pare o
router R3 e espere alguns minutos.
Que evolução verifica nos anúncios enviados por R2 na
interface F1/1 desde antes de ter parado R3 até vários minutos
depois?
Mostre no trace apenas um exemplo de cada, devidamente
identificado.
(outRes + texRes)
- Em que consiste e para que serve o mecanismo de
route poisoning?
(texRes)
- Para que servem os temporizadores invalid timer,
holddown timer e flush timer? Explique por
palavras suas. (texRes)
- Reinicie R3 e deixe o encaminhamento convergir.
Faça um
ping
do terminal 1 para R3. Altere a
configuração do RIP em R1, R2 e R3 para usar a versão 1 do protocolo.
Espere um tempo pelo menos igual ao flush timer e repita o
ping
.
(2×outRes). Explique o sucedido. (texRes)
NOTA: Para ajudar a perceber o que se passa pode fazer uma
captura na interface F1/1 de R3 e/ou usar o debugging do
protocolo RIP em R2.