A Smartex, spin-off da Universidade do Porto, fundada por antigos estudantes da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), é a primeira empresa portuguesa a ganhar o concurso anual da Web Summit desde que a cimeira de tecnologia se mudou para Lisboa, em 2016.
Com sede na Califórnia, este projeto com 'DNA' FCUP usa visão computacional e inteligência artificial para monitorizar o processo de fabricação de têxteis. “Queremos resolver um dos grandes problemas da indústria têxtil que é a produção de lixo têxtil”, justificou António Rocha, mestre em Engenharia Física pela FCUP, em palco. “O lixo têxtil representa 10% da produção da indústria têxtil, que é a segunda indústria mais poluente em todo o mundo”, sublinhou.
As pequenas câmaras e sensores da Smartex são instaladas dentro de máquinas nas fábricas e travam o sistema quando é detectado um defeito. Apesar do foco atual ser a indústria têxtil, este alumnus da FCUP, que fundou a Smartex em conjunto com Gilberto Loureiro, também mestre em Engenharia Física e com Paulo Ribeiro, mestre em Engenharia de Redes e Sistemas Informáticos, explicou que o objetivo é expandir o sistema para detetar falhas no fabrico de plásticos e papel.
A empresa, incubada no UPTEC, Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, tem escritórios no Porto, em Shenzhen (China) e em São Francisco (EUA). Nesta edição da Web Summit competia contra 75 outras startups. As outras duas finalistas do concurso eram a LiSA (sigla para Live Shopping Assistant), uma startup alemã que quer melhorar as interacões entre clientes e marcas online com compras via livestreaming; e a Okra Solar, uma startup australiana com sede no Camboja que quer resolver o problema da falta de electricidade nos países em desenvolvimento.
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